quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Trans



Alessandro F. Nascimento

La nave vá
Leva dulcíssima
Risonho lamento
Com juta e pedra em cárcere

Luta um infante em desatino
Des-atas em silêncio tua sombra
Videiras ,amor,pomar
Ante a teia do desalinho

Acorda nobreza minha !
E desenhas o lusco-fusco olhar
No arboreto da nau que corta
Rumo à ilha das emoções fugidias

Reencontra-te com o riso singular
E percebas o milagre mitológico
A pena que destrói o muro
E o arrebol a te lançar desejos !!

domingo, 9 de setembro de 2007

Ausência


Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.